XXIX Simpósio Nacional de História - parte 1

13/08/2017 01:08

Segue abaixo a primeira parte das anotações que fiz no XXIX Simpósio Nacional de História (Brasília - 24 a 28 de julho de 2017). Esta primeira parte refere-se ao que acompanhei tendo como tema as questões indígenas no Brasil. Posteriormente, publicarei minhas anotações do que acompanhei com outros temas.

 

26 de julho

Diálogos Contemporâneos

"A relevância da História Indígena no século XXI"

Coordenação: Profª Maria Regina Celestino de Almeida (UFF)

 

1ª explanação: Juciene Ricarte Apolinário (UFCG) - "Fontes, pesquisas e a escrita da história dos povos indígenas no Brasil: direito a memória"

- Todos os historiadores devem ter consciência de que história indígena é uma questão de todos, uma questão individual e não só dos historiadores que pesquisam história indígena.

- Um dos principais exemplos atuais de direito a memória é o caso dos Akroá Gamela (de língua timbira), que lutam pelo reconhecimento étnico e de suas terras e foram duramente atacados este ano em Viana (Maranhão).

- Ao historiador cabe se questionar: Que lugar tem o indígena na minha escrita historiográfica? Mesmo em trabalhos que não pesquisam diretamente o indígena, mas o menciona, como eu o represento?

 

2ª explanação: Profª Vânia Moreira - "Recuperação da história indígena nos anos 1980 e 90"

- A história da relação com os indígenas é uma história de polêmicas, com os índios sendo declarados selvagens e tendo retirados os seus direitos de reivindicar as próprias terras.

- Varnhagen, no século XIX, em sua "História geral do Brasil", defendia a construção de uma identidade brasileira que fosse cristã, europeia e ocidental. Além disso, reforçava que os índios eram selvagens (sem escrita, sem história e de costumes rudimentares) e só seriam realmente civilizados ao se integrarem a sociedade de matriz europeia. Para Varnhagen, os indígenas não tinham lugar na história brasileira.

- John Hemming, em obras como "Ouro Vermelho" e "A derrota dos índios brasileiros", põe nos próprios indígenas a culpa do seu extermínio, ao não aceitarem o modo competitivo e agressivo da cultura europeia imposta no Brasil.

- Só a partir dos anos 1980 as causas indígenas ganham mais força (considerar a Constituinte em 1988).

 

3ª explanação: Profª Patrícia Melo Sampaio (UFAM) - "Quando falam os índios: novas fontes para a história indígena no Brasil"

- A explanação fez uma análise das denúncias de violação dos direitos humanos dos povos indígenas entre 1946 e 1988.

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